06 junho 2010

A dor da alma












Hoje acordei, bem-disposta cheia de energia,
Cheia de amor para dar, a alguém com quem partilhava o leito
Que sempre disse me amar, mas que nunca encontrou esse jeito,
Talvez magoar-me em troca, ou por despeito.
Levantei-me atravessei o quintal, o meu coração começou a sangrar,
Era como um punhal atravessar o meu peito,
Que angustia, que dor, que travessura malvada,
Que me dói como uma condenada.
As plantas também têm vida, Deus assim o quis,
Não vamos nós fazer sangrar sua ferida,
Arrancá-las é uma maldade!
Porquê fazer essa crueldade?
Tenho que desabafar, senão desfaleço,
Já não consigo controlar a razão do meu sentimento.
Não sei o que fazer, não sei o que pensar, palavras, levas o vento,
Não vejo acção, nada que me anime, nada que me traga de volta
A doçura ao meu coração, e a leveza do meu pensamento.
Quero acreditar que algo está para chegar,
Mas a esperança é dura e faz-me desanimar,

Talvez um milagre, só Deus sabe, todos os dias peço

Nas minhas orações, que no dia-a-dia confesso.
No meio desta amargura, alguém me enche de ternura,
Os meus filhos, que me dão tanta doçura,
São os amores da minha vida, por quem eu quero viver,
Eles são a minha alegria, são a razão do meu prazer.
Ó vida Cruel, porque havia de nascer!
E porque às vezes tenho tanta vontade de viver?
Será que vale a pena! é uma pergunta que faço,
Por vezes sinto um vazio e resposta eu não acho.
Há quem diga que sou triste, o meu olhar o transmite,
Mas disfarço muito bem, sou alegre por natureza,
A minha alma transporta modéstia e singeleza.







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