Símbolo de muitas cores Airosa como uma rosa Simboliza o pensamento… Mesmo àqueles A quem a idade pesa Mas que voam Como o vento Gozando da liberdade Que ninguém pode tirar... Nem tão pouco desdenhar Viaja por todo o lugar Pousa aqui pousa acolá, Seu lema é virtual Que ninguém pode parar Nem o tempo retardar...
Nem sempre olhamos em vão Mesmo quando estamos sós no meio da solidão… Olhamos o azul dos céus Vemos alguém a voar E por vezes a chilrear Que ao pé de nós quer falar E até junto vem poisar, sem nos querer perturbar! As aves são passarinhos de várias espécies fofinhos A andorinha companheira que nos beirais dos telhados sempre alegre presenteia vai enfeitando o telhado, de feitio rendilhado… a pomba de igual beleza também alegra a natureza canta o melro no rochedo a rola também arrulha, nos freixiais actua e em seus ramos vem poisar o pintassilgo ás cores canta aos seus amores e seus filhos vem criar.
A natureza é tudo o que nos envolve Os campos, as Serras, os Prados, as Primaveras Os jardins, as casas, as cidades e as terras… É tudo o que nos ocorre e o mundo que a consome É toda a imensidão, Para alguns é dor, outros paixão E para outros é amor e solidão… É apenas uma passagem que Deus á terra criou. Pena tenho digo eu! Por alguém que a mal tratou E a vida lhe tirou Com tal fogo que a devastou E com cinzas a pintou… A natureza é aquela que nos ama Não nos cobra, não nos chama Dá-nos toda a liberdade de podermos desfrutar. Temos o Sol a brilhar O vento que passa a voar A chuva que a faz brotar A neve que a faz transformar Em mantos alegres e brancos, O Mar de grande imensidão Veste azul de folião…
O cravo é flor de candura Que inebria com doçura No mais alto pedestal Junto do Senhor padece Quando o seu perfume esquece De alguém que não aparece E não o vem visitar… O cravo é de variáveis cores É o rei de muitas flores Que Deus a natureza criou Para a beleza deixou Que podemos desfrutar Para o jardim enfeitar, O cravo é o símbolo de amores Que na lapela dos doutores Por vezes vos colocais Sem esquecer os casais Por razões especiais Com seus dotes matrimoniais…
Não há rosas sem espinhos! Nem espinhos sem flor! Entre eles entra o cravo, que perfuma com amor… Á beira do silveiral entre eles se foi por, A madre silva cheirosa também espreita com fulgor!!!! O espinho por despeito, Vindo do campo silvestre, Também tem o seu valor... Sua primavera veste, De brancura rupestre, no meio de tanta flor… O espinho tristonho, faz-nos um dia medonho, Quando estamos perto no meio daquele deserto. Por vezes é traiçoeiro, Ergue seus ramos selvagens, No meio de qualquer paisagem, Ferindo com sua fúria… Entra no peito humano, quando há um desengano, no meio de um grande amor. O espinho verdadeiro, dá a picada primeiro Sem antes conhecer o terreiro, Manchando o chão Sagrado, Pr’a coroa foi servir, na fronte do verdadeiro Jesus Cristo Salvador... Derramando seu sangue por amor, Com grande agonia e dor, Naquela cruz foi coroado, Com tanto espinho malvado, Ferindo assim o Senhor...