O automóvel museu, que por ambição tencionava, fazer parte da família, por pressão ficar em casa... Deu ralações turbulentas, parecia até falar, porque tanto empancava, e porque estava a incomodar... Dei asas à imaginação, e comecei a palpitar, a inveja é um prato, que só sabe atrapalhar... Será que o miserável, não quer outro em seu lugar? Por tantos anos de casa, querer-me assim torturar... Resolvi o problema, já de tal indignação, devolvi-o ao ferro velho, por despensa e traição...
A sanita a murmurar, que triste sorte é a minha, levo com cada traseiro, esta é a minha sina! Seja suja ou limpa, tudo me vai procurar, quando chega aquela hora, que não podem retardar. Barulhentos malfadados, qualquer seja o cidadão, todos me olham de lado, em qualquer ocasião. Estou sempre à vossa espera, e até à disposição, dos vossos atrevimentos, e da falta de educação. Ninguém me leva a sério, todos saem atrevidos, antes que lhe retrate, todos e qualquer gemido. Pestilento ou perfumada, nunca me dão sossego, assim lamento a minha sorte, porquê este flagelo! Uns mais gordos, outros magros, pequenos ou rechonchudos, quer de noite quer de dia, são para mim tão maçudos...