Sentimo-nos atraídos por esta Estação de Verão.
Algum tempo atrás, ansiava com ambição,
Era tudo tão belo de alegrar o coração.
As festas e romarias, os emigrantes a chegar,
Havia alarido nas ruas, e os foguetes a estalar.
Era assim em cada canto, dentro do nosso país,
Havia alegria nos olhos, de um Portugal feliz.
Eis que se perdeu no tempo, sabe-se lá onde foi!
Ficou triste amargurado, e ainda mal tratado,
De tal forma transformado, todo ele acinzentado,
E por ventura queimado, que a todos empobreceu.
Mas como tudo mudou, porque não a natureza!
Alterou-se de tal maneira, que nos enche de tristeza.
Os campos verdes e frescos, os penhascos e Outeiros,
Os Vales e Serras tristes, por serem tão mal tratados,
De tal forma abandonados que a fogos não resiste.
O que fazer então! Cada um a pensar,
O que fizemos de mal! Na consciência pesar,
Cada qual a meditar, talvez encontremos razão,
Para tal culpa e perdão.
O Criador que a criou, abençoada a deixou,
Para dela desfrutar, o pão podermos tirar,
Para o sustento humano e a fome saciar.
Esquecer guerras, mesquinhices, desavenças e ambição,
Pensar no Amor de Deus que nos enche de união...
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