21 dezembro 2010

Que turbilhão de vida!



















Há dias que me sinto a nadar,
Como um barco a boiar no mar,
Quando o temporal se levanta,
Que rema sem rumo e sem esperança…
De alguma forma, tudo balança,
Se vê sozinho, abandonado,
Na vida não tem mais nada,
Com sua alma despedaçada,
Procura a tábua de salvação.

Se é que ainda há coração,

Que venha então a razão,
Sem amargura, mas com perdão,
Que accione a sua mente
Que me conquiste de paixão!..
Esse anjo da paz vagueia,
Passando quando deseja, essa alma acompanhar,
Sem sequer lhe perguntar, o que estás fazendo no mar!
Mas mesmo assim responderei,
Aquilo que desperdicei em terra,
Havendo tanta caravela, para o pensamento levar,
De forma a não mais voltar, porque não quero recordar!



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