Da Janela do Meu Quarto
Observando o desamor:
...Porque Vieste?...
Depois de lindo, e belo dia
sentada no banco do jardim,
quando teus lábios beijava
fantasias imagináveis,
todas elas perpassavam
do melhor que havia em mim!
Filmes, noites de amor,
eram magia, sem cessar,
naquela tarde de emoção
de alegria e paixão
um tanto acanhada,
mergulhada em inocência
que por instantes vislumbrava...
Tudo era novo, enfim,
de um momento para o outro
quase sem dar por mim
acabava de assinar,
o ditoso manuscrito
confirmando aqule sim!...
Um tanto atrapalhada,
em direção à estação
onde o comboio passava,
carregando apenas compras
meu enxoval acrescentava...
Mas eis... que vem um turbilhão!
Aquela jovem mocinha
o primeiro que enfrentava,
pensou logo em desistir
do compromisso que assinara...
O vulcão enfurecia-se
no meio da agitação!!
Sem saber o que fazer,
a linha férrea atravessava
com vontade de sumir
no primeiro trem que passava!...
Entretanto porém,
cabeça quente, esfriava
entre suspiros e ais,
o amor era mais forte
a tempestade abrandava...
Imóvel, serena, impávida,
em silêncio profundo
toda a nuvem se esvairava,
pela força do amor
o pobre coração acalmava...