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Na Bancada do Jardim
Gélida de temor,
Já passavam das três horas
e não vinha o meu amor,
levantei-me não dei por mim
havia flores à volta
e só um banco de jardim...
Sentei-me olhei o céu,
apenas vi nuvens brancas
e pétalas desfolhadas,
parecia ouvir ao longe
Gorjeios e gargalhadas...
Era um cavaleiro andante
de "charrete" aparelhada,
mórbido, tristonho
melancólico, e enfadado
da viagem que fazia
já vinha um tanto cansado...
Seus cavalos afrouxaram.
O jovem engalenado,
trajado, bem a rigor
usava chapéu à vareira,
na lapela uma flor...
Parou desceu a charrete
Com galanteio elogio
ao meu ouvido falou,
procuro aquela rosa
que algures desabrochou!...
Boquiaberta, extasiada,
acaso ela era o galã
aquele que eu esperava...?
O cavalheiro de charme
naquela tarde ensolarada,
ao apertar da mão
o meu rostinho corava!...
Insegura, envergonhada,
foi assim naquele jardim
sem quase dar por nada,
no meio daquele anseio
o meu romance começava...